terça-feira, 14 de setembro de 2010

Amizade?


Sempre me disseram que a nossa vida é feita de escolhas. Qual hidrocor usar naquele trabalho, qual profissão irei me dedicar, ou até mesmo que tipo de tapete colocar na sala. Sempre buscando as perguntas e procurando ainda mais as respostas. Mas muitas vezes, esquecemos que existem alguns pequenos, ou até mesmo grandes, atos que podem mudar a nossa vida e que simplismente não dependem de nós.
A falta de vitalidade é uma coisa que ninguém consegue entender, nem ao menos nós mesmos. Nos fechamos em nosso próprio mundo, sentimos só e não é nada fácil. O difícil mesmo é poder mostrar para os outros o quanto é complicado. Precisamos de amigos. Amigos que estejam do nosso lado e que nos ajude a cada vez mais ir contra a corrente. Mas quando nada disso acontece e tudo esfria e percebemos que não existe mais nada. O que fazermos quando descobrimos que amizade tem a ver com vitalidade?
É muito bom ter um amigo que podemos sair, ir a praia, cinema, shopping e até mesmo ficar só no dia-a-dia da escola. É muito bom ter um amigo que esteja do nosso lado sempre e tope tudo a hora que for. É muito bom ter aquele amigo SUUUUPER a ver com você e que adora rir ao seu lado. Mas não podemos esquecer que o melhor de tudo, o que mais nos prova a amizade, é quando estamos mal e ele está sempre do seu lado.
Só passando por algumas situações percebemos o quanto é ruim, o quanto faz mal a injustiça das pessoas. Pensar um pouco nos outros em vez de olhar só para nós mesmos, pode fazer um bem a aquele que não faz nada por mal.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Nós mesmos.


Esses dias fui a uma avaliação e meu fisioterapeuta disse vários problemas que eu tinha na minha postura. Disse que tinha um ombro mais alto do que o outro, devido ao grande peso; que tinha joelhos pra dentro, devido a forma de andar; e que meu corpo estava se curvando por conta dos meus problemas respiratórios. Ao pensar que já havia diagnosticado os problemas e as suas causas, ele me surpreende com uma opinião e sem ao menos ter me visto antes, se vira pra mim e fala:
- O seu maior problema é que você engole muitos sapos. Em certas situações, você fica calada e isso só vai se acumulando em você, fazendo com que se sinta pequena e seu corpo se curvando a todos. Não tenha medo de dizer aquilo que pensa. Solte! Solte tudo que você queira, isso irá fazer um bem por dentro e por fora.
De verdade, não acreditei. Sempre me falaram que eu era em cima do muro e que aceitava algumas decisões mas ver um homem que jamais havia estado comigo dizer tantas coisas assim, tudo deveria estar realmente errado.
Saí de lá com uma cabeça renovada, com um espírito de que "tudo vai mudar" e decidida de que desse dia em diante, não engoliria mais desaforos. Já tinha pensado no que iria falar e pra quem iria falar, tinha chutado o balde.
Alguns dias já se passaram e se alguém me perguntar como foi, como estou me sentindo atualmente, o que mudou na minha vida.. vou dizer que não sei! Até hoje, não consegui ser aquilo que eu e os outros esperam de mim.
Como saber a hora certa de dizer? Como não acabar machucando os outros? Como ser aquilo que não sabemos ser? E eu definitivamente não sei. Não sei porque nunca tentei.
Querer mudar quem eu sou e como eu lido com os problemas é complicado porque desde que me conheço, me preocupo em não ferir aqueles que estão ao meu redor. E quando vou me preocupar comigo mesma? Ah, quem sabe algum dia...

sábado, 20 de março de 2010

Aonde me encontro.

Olho pro lado e nada de novidades.
As vezes parece que o tempo parou, não sei muito bem.
Coisas totalmente sem graças acontecendo, nada que mude.
Sinto uma falta absurda da minha vida "antiga". Não que essa não me satisfaça.
Falta da minha felicidade absurda em que nada que eu olhasse pro lado me importava.
Falta da minha grande coragem que ir atrás das coisas (não a perdi, mas ela deu uma escondidinha por ai...)
Falta da minha percepção, onde junto aparecem as decepções.
Tenho tomado uns socos nas costas por algumas pessoas, demonstrado total a minha fragilidade.
Não suporto isso. Não quero ser fraca jamais, mesmo que seja superficialmente.
Ando tentando suprir as coisas que me fazem falta mas NADA substitui.
Ando reclamando muito das coisas, me sinto praticamente uma velha. Me entendo.
Agora vejo que quando nos afastamos daquilo que nos completa, nos perdemos.
A direção tenho que aprender agora, sozinha. E eu sei disso.


terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Um dia...

Lembro de um dia que a professora de Português pediu para que todos da sala se resumissem a uma palavra. Muitos deram qualidades, outros deram manias.. Mas eu preferi me expressar com um pequeno texto.
"Se algum dia, pedissem para que eu me resumisse em uma só palavra, eu diria medo.
Medo de perder quem amo. Medo de magoar alguém. Medo de ser quem eu não sou. Medo de não amar mais. Medo de me arrepender depois. Medo de ter medo.
Podem até dizer que sou uma pessoa complexada, mas quem não sente medo, insegurança ou ate mesmo amor? Querer ver feliz, quem eu amo, é inevitável."
No dia seguinte, quando acordei, percebi que tinha um bilhete em cima do meu computador. Minha mãe havia lido o que eu tinha escrito na aula e resolveu dizer o que achava sobre o que estava la. No pequeno papel, ela dizia:
"Todo mundo sente medo. Faz parte do ser humano.
O que precisamos é aprender a lidar com o medo e usa-lo a nosso favor.
O medo pode nos paralisar e ai, não fazemos nada e perdemos a chance de mudar, de crescer, de experimentar. O medo as vezes realmente proteje a gente do perigo.
Mas o mais importante é usar o medo para evoluir. Como? Não deixando o medo nos paralisar, seguindo a vida adiante e experimentando as novidades, tentando, errando, aceitando.
As pessoas de sucesso sabem disso e vão em frente, apesar do medo. Te amo."
Nunca mais me esqueci das palavras da mamãe, tanto que guardo comigo ate hoje.
Se me perguntassem hoje com que palavra eu me resumiria? Eu diria CONFIANÇA!

Agradeço a Deus.

Agradeço a Deus cada oportunidade que tive em minha vida, até mesmo aquelas que não soube aproveitar muito bem.
Agradeço por cada mágoa, cada arranhão. Eles me fizeram ser forte e continuar.
Agradeço pelos grandes momentos felizes que passei ao lado de quem amo. Além dos momentos felizes que passei só.
Agradeço a todos os defeitos e qualidades que Ele me proporcionou.
Agradeço pela comida, saúde e dignidade.
Agradeço as boas histórias que terei para contar. Dos contos de fadas e até mesmo dos filmes de terror vividos.
Agradeço por eu amar demais, perdoar demais, sorrir e chorar demais. Viver demais.
Agradeço por minha alegria, que muitas vezes é revoltada, mas que só eu entendo.
Agradeço pelas paisagens que pude ver, pelos cheiros que senti e pelas palavras que pude pronunciar e escutar.
Agradeço por tudo que pude criar apenas com minha criatividade e com a sensibilidade das minhas mãos.
Agradeço por me dar sabedoria em momentos que preciso, mesmo que eu não queria.
Agradeço por saber ouvir e saber a hora de falar.
Agradeço por me dar uma única direção: a do amor.
Por fim, agradeço a mim pela minha fé que me faz acreditar sempre que um Deus faz parte disso tudo.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Sozinha.

Só um confidente, meu coração.
Não sei se sou capaz de dividir tantas coisas com "desconhecidos".
Não sei se sou rancorosa ou se a vida me ensinou a ser assim.
Não sei se é bom ou mal, apenas sou.
Estou vivendo de acordo com o que me interessa, do jeito que me convém.
Agrado poucos e tento desagradar muitos. Erro?
Me apaixono por coisas simples, pessoas simples, vida simples.
Continuo não sabendo se é bom ou mal.
Grito, choro, sorrio, festejo. Libero minhas intensas emoções. Necessito disso. Elas mal cabem em mim.
Sozinha? Apenas quando quero, apenas quando me escondo ( para não sentir o peso de ser escondida).
Vivo o ontem, vivo o hoje... menos o amanha.
Como vou prever algo? Sentir algo que não saberei ainda?
Sim, é inevitável pensar no que irá nos acontecer. Dúvidas e curiosidades sempre rondando na nossa mente de simples humanos.
Mas o que nos cabe questionar é: pra que tanta preocupação?
Claro, temos que nos preocupar com muitas coisas do futuro mas e as coisas mais banais?
Só aparecem para nos deixar confusos quanto a cor do cabelo que vamos pintar ou da fronha mais bonita que iremos comprar.
O próximo. Esse sim deve ser "valorizado". E as vezes nos perdemos dentro desse mesmo assunto.
E é pensando assim que volto ao início...
Para que dizer que nos preocupamos, se no fundo de tudo somos apenas nós por nós mesmos?
Continuo sozinha. Pensando sozinha. Sentindo sozinha. Agindo sozinha.
Continuo não sabendo se é bom ou mal.